Este kit contém as obras:
• A estrada real da inteligência, de François Charmot
"Obcecados pela idéia da carreira do filho, inflamados pela sede de vê-los chegar ao fim, não têm nem mesmo tempo para pensar sobre o terrível problema da sorte da fé na alma de seus filhos. Por mais alto que o filho se coloque na escala das posições sociais (e sem dúvida que a pressa não favorece tais ascensões; mas vá!), mais valeria que ele não tivesse nunca nascido se tiver que perder para sempre a fé. E perdê-la por um tempo, para tornar a encontrá-la depois, ao preço de angústias e possivelmente ainda de cruéis provações, é uma aventura em que o próprio bom senso teria vergonha de se lançar. Dir-se-á que a fé de um piedoso adolescente de quinze anos, de dezesseis anos, não corre risco algum embarcando para essa viagem dos estudos superiores e das tentações da juventude?
Uma tal segurança seria mais do que presunçosa; não há bravata mais tola do que essa; uma tal opinião não traz nem mesmo a convicção de quem a emite. A filosofia, pois, é um desses pontos críticos entre a docilidade da adolescência e a indocilidade da juventude, onde a alma e Deus se encontram num diálogo capital para a salvação. Com uma consciência mais clara e mais firme, com uma personalidade mais marcada, trata-se para o moço de passar de uma região de família e de raça, herdada com o sangue, a um cristianismo voluntário e pessoal, antes que as inundações torrenciais do erro e do vício tenham subido ao assalto dos diques efêmeros, erguidos para a primeira etapa da educação. É o instante oportuno que não se deve perder: Ecce tempus acceptabile."
• A história da Santa Missa, de François Amiot
"É o sacrifício da Missa o centro do cristianismo. E quem, a favor ou contra, interior ou exteriormente não se interessa pelo Cristianismo? Quem, portanto, de uma forma ou de outra, se não interessa, pela Missa?
Bem isto se patenteia pelo papel que, incrédulos e cristãos, por hábito, lhe atribuem: a Missa é como o próprio Cristo, um sinal de contradição. Independentemente, mesmo, do seu valor religioso, representa um critério de ordem sociológica, e estende, em nossos países, uma linha de demarcação moral. Há os que a ela não vão, e os que para ela se dirigem; aqueles que, diariamente, a procuram; outros apenas aos domingos.
Que irão lá, porém, eles fazer? Que da Missa compreenderão crentes e incrédulos, católicos “de conveniência” ou mesmo fervorosos? Não falemos do problema do latim, nem do conhecimento do mistério da Eucaristia e da teologia do Sacrifício, dos quais possui cada um vagas noções. E aquele homem que algo lá representa, a pronunciar palavras, por vezes repetidas em comum, que faz gestos bizarros, revestido de anacrônica indumentária e, contudo, familiares, qual o seu significado e donde provém? Tal o hábito de assistir a tais cerimônias que nem mais se lhes presta atenção."
Livraria do Dantas
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